puxa um dedo. vai andando por aí. descobre uma pedra. enfia o dedo num buraco do chão sem saber o que alí tinha. puxa outro dedo e continua o caminho
junto.
uma porta. puxa a mão.
atravessa e vê-se logo que um lado e o outro da porta pode ser uma coisa completamente igual ou diferente, mas interessa mais naquele momento atravessar o buraco da porta.
dá cá a mão para atravessar esse buraco?
era possível ouvir a elasticidade que um buraco, mesmo pequenino, pode ter.
a confiança em atravessar o buraco, se dava em espremer todo o corpo para caber-mos juntos alí. se calhar, ia só um dedinho enquanto o outro ia com mais partes do corpo, mas já era o suficiente para alargar aquele espacinho.
hoje fiquei a pensar nessa coisa de atravessar buracos sozinha ou pedir uma mãozinha para irmos juntos.
dá cá a mão?
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