Baileia é uma associação cultural que investe no cruzamento entre práticas artísticas e educação no encontro com as infâncias e suas singularidades plurais. Criada em 2016, por Clara Bevilaqua e Gui Calegari, dedica-se a aprofundar a investigação na criação que acontece a partir do acompanhamento dos desejos, por vezes mais subtis, das pessoas em seus primeiros anos de vida. É a partir do olhar e inquietude desses artistas com formações transdisciplinares, que a tessitura dos encontros se dá. Conscientes de que a arte é por si só formadora de conhecimento, a missão é: Promover, divulgar, apoiar e realizar iniciativas voltadas para o desenvolvimento social, artístico, cultural e educacional. Criar, desenvolver e executar acontecimentos (diretamente ou em parceria com outras entidades e/ou órgãos públicos) mediados pela arte num acesso horizontal, com convites que se estendem a pessoas de muitas idades, desafiando-as a serem co-criadoras da própria experiência. Colaborar para os processos de aprendizagem ao longo da vida em formações continuadas e pontuais. Difundir acontecimentos de proximidade mediados pela arte que provoquem movimento de ligação entre o fazer-brincar e o saber-sentir. E contribuir para o desenvolvimento de linguagens artístico-pedagógicas empenhadas na construção de um pensamento respeitoso sobre a coexistência e partilha de mundo entre pessoas de muitas idades, isto é: a diversidade e a horizontalidade de relações independentes das idades.

O encontro entre os dois artistas aconteceu no Brasil em 2014, na sua primeira parceria de criação com e para a primeira infância: Conversas de Corpo. Este foi o início do desenvolvimento de uma linguagem própria que deságua na criação da Baileia.
O núcleo nasceu no ano de 2016 em Lisboa-Portugal. Numa contínua construção de práticas artísticas e educativas comprometidas com o cruzamento entre a dança, a música, o teatro e as manualidades. Encontram suas raízes na tríade: criação, formação e investigação.
-
Desenvolvem trabalhos em aulas regulares, oficinas, mediações culturais em sessões de corpo, som e movimento contemporâneo;
-
Dedicam-se a criação de espetáculos e performances em diversos cenários: teatros, bibliotecas, museus, escolas, jardins, ruas e meios digitais.
-
Investigam o cruzamento entre as práticas artísticas e a educação.
SONHOS, PROPOSTAS E AÇÕES
-
Criar espaços de investigação artística com as infâncias na rua, nas escolas e em centros culturais.
-
Difundir acontecimentos de proximidade mediados pela arte que provoquem movimento de aproximação entre o fazer-brincar e o saber-sentir.
-
Contribuir para o desenvolvimento de linguagens artístico-pedagógicas empenhadas na construção de um pensamento respeitoso sobre a coexistência e partilha de mundo entre pessoas de muitas idades, isto é: a horizontalidade de relações independentes das idades.
CONTRUÇÕES COLETIVAS
Desde o início a Baileia tece e constrói seu caminho lado-a-lado de pessoas, espaços e estruturas artísticas, com as quais apoiam e sustentam a construção de um pensamento e filosofia de trabalho.
Em 2014, junto da coreógrafa Fernanda Bevilaqua, criam o espetáculo-instalação “Conversas de Corpo”. Com Fernanda, dentro do Uai Q Dança, estrutura que dirigiu durante 30 anos em Uberlândia-Brasil, a dupla inicia sua parceria na construção de um pensamento não hierárquico sobre os corpos de diferentes idades e a aproximação da arte com a educação desde os primeiros anos de vida.
Em 2016 a dupla integrou a criação do Coletivo Lagoa. Na construção de um caminho em coletivo, os artistas encontraram suporte para a criação, crescimento e desenvolvimento de uma linguagem artística que privilegia a construção de públicos de futuro. Ao lado de Mariana Lemos e Lysandra Domingues, consolidaram uma trajetória de um pensamento coletivo na criação de espetáculos e residências artísticas, nomeadamente a produção do “Conversas de Corpo” (2017) e a criação de “Junto” (2018) “Com a casa às costas” (2020-21).
Dedicam à investigação cotidiana em prática de corpo e movimento com o c.e.m centro em movimento - estrutura com mais de três décadas de existência em Lisboa. É alí que consolidam e desenvolvem a criação de uma filosofia de trabalho própria, ancorada nos processos investigativos de continuidade que lá encontram. Co-laboram no trabalho com a comunidade, nomeadamente o Corpo a Crescer | corpo na creche e corpo na escola e a criação de uma rádio colaborativa: “Rádio Corpo”.