Tem palavras que saem da boca de um jeito diferente do que conhecemos como “correta”. O sei saiu “sabo” de saber, forte saiu "foite", bonita saiu "buita", o dentro saiu “drento”, a baleia saiu “baileia”, que por sua vez, virou verbo:
eu baileio, tu baileias, ela baileia…
Baileia é um núcleo de estudos e criações em torno das artes e infâncias, que nasce a partir do encontro entre dois artistas educadores encantados pela seriedade das brincadeiras. Um núcleo que se dedica a escutar a vida pelo viés das artes e da educação, acompanhando corpos que estão a crescer.
Somos criadores de espetáculo | criamos e realizamos espetáculos que incluem as pessoas crianças e suas famílias. Dançamos, cantamos, actuamos, tocamos instrumentos, criamos cenários e figurinos.
Somos contadores de histórias | Somos apaixonados em criar histórias ou pegar em histórias que já existem e contar à nossa maneira, de maneira próxima e criativa. Recriar objetos cotidianos que transformam-se em personagens e navegam pelos contos.
Somos educadores | propomos a ampliação do olhar de uma aula, enquanto uma experiência, uma criação de momentos e acontecimentos. Nos movemos e podemos ser o que a nossa imaginação deixar! Construímos um espaço afetivo de confiança e acompanhamento, criamos atmosferas e instalações com objetos, texturas e luzes para mergulhar no corpo e no movimento com suporte, gerando autonomia!
Temos uma parceria e amor antigo pelo Uai Q Dança no Brasil.
Caminhamos e dedicamos em pesquisa, estudos e mergulhos no c.e.m centro em movimento.
Trilhamos um caminho lado a lado em criação e trabalho diário com o Coletivo Lagoa.
Dois seres se encontram e a partir daí nascem danças, músicas, histórias, na tentativa de enxergar outros significados naquilo que já está posto. Pegamos um lápis e rapidamente o transformamos em avião. Voa. Mas voar não era suficiente. Era preciso correr, brincar, pintar, dançar, cantar, nadar.
Transformamos-nos em miniaturas, entramos em barquinhos de papel que navegam por tecidos azuis e paramos ao pé de um búzio gigante, do qual ficamos mais perto das estrelas
Brincar com as coisas e transformar um bicho em dança. Muito prazer, nós somos a BAILEIA.
HISTORIAL
Antes mesmo da Baileia nascer, Clara e Gui começam a trocar suas experiências e pesquisas em torno das infâncias. Em 2014, ainda no Brasil, duas criações vêm ao mundo: Conversas de Corpo dirigido por Fernanda Bevilaqua, apoiado pela Uai Q Dança Cia. e Histórias de Monstros e Outros Bichos. É também nesse ano que começam a criar e contar (juntos) as primeiras histórias. Têm a alegria de começar com o texto-cordel de Mariane Bigio, escritora e artista brasileira. Nasce, então, "O cordel nos conta a famosa sina dos dois amores de Colombina".
Em 2016, migram para Itália, onde começam a investigar o início do que viria ser a Baileia. Em parceria com o Grupo de Bilinguismo em Rovigo-IT, criam e compartilham suas histórias de viagens pelo mundo. No mesmo ano, em Portugal, iniciam sua parceria de criação e investigação do corpo e movimento com Mariana Lemos e integram a criação do Coletivo Lagoa. É, também, em 2016, que oficializam a Baileia, atuando em Lisboa em formações e criações específicas para infância.
A primeira criação enquanto Baileia é a história O menino, o anel e o Mar, com estreia no projecto “Manhãs de encantar” da Junta de Freguesia da Estrela, que seguiu apresentando no Espaço Espelho D’Água, Junta da União de Freguesias de Caparica e Trafaria e eventos. Em 2017, a segunda criação foi Confetes Contados, história bailinho de carnaval, o mesmo cordel de Mariane Bigio, apresentado na Junta de Freguesia da Estrela - Lisboa para escolas municipais de Lisboa, no projecto “Manhãs de Encantar” da biblioteca da mesma freguesia e na Aldeia - Crescer em Família.
No mesmo ano, acontece a primeira edição do Concerto Miúdo na Aldeia - Crescer em Família.
Era uma vez uma senhora uma história-jogo foi criada em âmbito educacional, com estreia no “Alagar” uma semana em residência artística no c.e.m - centro em movimento, onde várias ações de formação com diferentes públicos aconteceram.
Em parceria com o Coletivo Lagoa apresentam o espetáculo-instalação para e com as famílias e escolas dos bebés dos 0 aos 3 anos: CONVERSAS DE CORPO. O espetáculo foi acolhido ao longo de uma temporada de 3 meses no Teatro da Trindade, contando com o apoio da CML - Câmara Municipal de Lisboa. Destacamos ainda a digressão em Portugal no Teatro das Figuras em Faro e no Teatro Virgínia, no Município de Torres Novas, Teatro Aveirense em Aveiro e CAE em Sever do Vouga.
Com o Coletivo Lagoa, estivemos em cartaz com a nossa nova criação - espetáculo-instalação JUNTO - para e com bebés dos 0 - 3 anos, suas famílias, amigos e escolas. Uma co-produção com o Teatro da Trindade e apoio da GDA.